A memória empresarial surgiu de forma incipiente no Brasil nos anos de 1960, como um movimento dentro das universidades. Nas décadas seguintes começou a ganhar espaço no mundo corporativo, em geral relacionada à produção de obras institucionais. Aos poucos surgiram novos métodos e aplicações para a memória empresarial, não apenas como forma eficaz de apresentar a tradição do empreendimento, mas como elemento importante para compor análises de contexto e de riscos.

Para que a memória empresarial deixasse de ser tema exclusivo dos momentos de celebração, entretanto, precisou englobar também a gestão do patrimônio informativo das organizações. Aliou a boa historiografia aos conceitos e métodos das ciências da informação e das tecnologias de comunicação, hoje essenciais para organizar e disponibilizar os registros que refletem a trajetória de um empreendimento e que são fontes para a análise histórica.

A partir dos anos 2000 a memória empresarial consolidou-se como ferramenta que fornece suporte à gestão de comunicação e de relacionamento com stakeholders, dando novo sentido aos princípios da sustentabilidade: a chamada “responsabilidade histórica”.